Em 2013, foi no Atacama (foto) e, em 2014, Saara, ao lado de seu guia Alex Silva
Depois de 13 dias longe de casa, Vladmi Virgílio já pode contar com o carinho de sua família. Foram mais 260Km percorridos no deserto do Saara em disputa com 190 atletas de 48 países. Ao final da maratona, completada com êxito, a satisfação de ter cruzado mais um deserto.
Em 2013, o rio-grandino que possui deficiência visual, superou as dificuldades do Atacama, no Chile, o que foi motivo para encarar uma nova prova semelhante.
Contudo, Vladmi não esconde que a recente disputa foi mais difícil em razão do terreno:
“Já no primeiro dia, tivemos de nos arriscar em um penhasco cheio de pedras soltas, isto era uma pequena mostra do que nos esperava”, relatou.
A maratona incluiu a passagem por pontos que atingem aproximadamente 3 mil metros de altura. Foi em um destes momentos que o paratleta que competiu na geral passou pelo momento mais delicado ao lado de seu guia, Alex Silva: “Foi um dia bastante desgastante, o percurso indica 24h de caminhada até que, em determinado momento, o Alex reclamou de um grande desgaste físico. Precisava decidir se continuava sem ele até o posto médico para pedir o resgate, mas fiquei com receio de deixar ele ali, foi então que peguei todo o material dele e coloquei em minhas costas para aliviar o seu cansaço. Este foi o maior momento de superação para nós”, confirmou.
A passagem, que começou no último dia 16, encerrou no dia 22 e contou com variação térmica de 50ºC durante o dia para menos de zero, à noite.
Vladmi, que cruzou a linha de chegada ao lado de seu guia na 123º posição, já projeta a próxima prova internacional, será em novembro na Antártida.
Por Meilene Fontes
meilene@jornalagora.com.br
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Fonte: http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=2&n=55525
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