por Felipe Alva
Nelson Prudêncio, medalha de prata no salto triplo em 1968, no México, morreu aos 68 anos na madrugada do dia 23 de novembro de 2012, em decorrência de um câncer no pulmão, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo.
Deixou dois filhos (Christiana Andréa Vianna Prudêncio e Márcio Purdêncio) e a mulher, Maria Lúcia Saldanha Vianna Prudêncio.
A carreira
Na década de 60, conciliar os estudos com alguma atividade esportiva era um fato muito raro. Mais raro ainda era um atleta negro conseguir cursar o ensino superior. Mas Nelson Prudêncio, filho de Romualdo e Verônica, conseguiu fazer tudo isso. Entre os bancos escolares e as pistas de salto triplo, um dos maiores atletas negros do Brasil participou da sua primeira competição de atletismo em 1964. Com as atenções divididas entre o trabalho e os estudos fizeram com que Nelson treinasse apenas duas vezes por semana. Mesmo com o pouco tempo de treinamento, o atleta atingia marcas cada vez melhores.
O primeiro grande resultado internacional da carreira do saltador aconteceu no Pan-Americano de 1967, em Winnipeg no Canadá – Nelson saltou 16m45. No ano seguinte, o trilplista foi aos Jogos Olímpicos da Cidade do México com o objetivo de quebrar o recorde sul americano de 16m56, que pertencia a Adhemar Ferreira da Silva. Uma medalha seria um sonho.
E logo na primeira eliminatória o sonho parecia ficar mais distante. O italiano Giuseppe Gentile saltou 17m10, sete centímetros acima do recorde mundial. Nas finais, realizada no dia seguinte, o italiano deu show outra vez, chegando aos 17m22. Quando tudo indicava que a medalha de ouro iria para a Itália, o soviético Viktor Saneyev ultrapassou a marca em apenas um centímetro.
Logo após a medalha de prata no México, Nelson Prudêncio decidiu se dedicar de vez à faculdade de Educação física. Foi convidado para estudar nos Estados Unidos e acabou deixando muitas competições de lado. Mesmo assim foi medalha de prata no Pan de 1971, realizado na Colômbia.
Fonte: Uol
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